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Praça da Matriz - Porto Alegre RS / Brasil |
UMA PALAVRA AMIGA
- Pedro Luso de Carvalho
Havia garoa na tarde,
a praça estava deserta,
vi gente no outro olhar,
era um homem solitário.
A tarde entrava na noite,
eu vi dor no rosto do homem,
rosto escondido nas mãos,
mãos trêmulas de emoção.
Resolvi parar para ver,
e vi sofrimento do homem,
que me falou em suicídio,
que me falou na sua dor.
Disse-lhe que todos sofrem,
não se vive no paraíso,
pois o mundo é um moinho,
como Cartola ensinava.
Então o homem se refez,
agradeceu-me e saiu,
saiu dali apressado,
tinha a vida pela frente
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